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Histórico do 13º BIB

          O 13º Regimento de Infantaria, localizado no bairro de Uvaranas, na cidade de Ponta Grossa, foi criado em 21 de junho de 1923 pelo então Presidente da República, o Senhor Arthur Bernardes, assinando o Decreto de criação Nr 16.070, o Ministro da Guerra, o Marechal Fernando SETEMBRINO DE CARVALHO.


          Tendo em vista o Aviso Nr 228, de 11 de abril de 1923 e já se tendo conhecimento da futura criação da nova Organização Militar, em 28 maio do mesmo ano, às 17 horas, o Destacamento do 13º Regimento de Infantaria, comandado pelo Cap Antonio de FRANÇA GOMES, desembarcou na gare da Estação da Saudade, em Ponta Grossa.

          O Capitão FRANÇA GOMES, mais seus comandados e material que vieram a formar o Destacamento eram oriundos do 15º Batalhão de Caçadores, de Curitiba. A partir de então, o Cap FRANÇA GOMES, primeiro Comandante do 13 RI, conduziu os seus homens a escreverem as primeiras linhas e páginas da história do Regimento, inicialmente organizado a dois Batalhões, Companhia extranumerária, Companhia de Metralhadoras Pesadas e uma Banda de Música. Pouco mais a frente, essa nova Unidade receberia a alcunha de SENTINELA DOS CAMPOS GERAIS.


          Na Revolução de 1924 ocorreu o batismo de fogo do 13 RI na cidade de Salto Grande, São Paulo. Na oportunidade, o Coronel Américo de ABREU LIMA comandou o Regimento, empregando o mesmo, incorporando-se à COLUNA SUL, sendo designado, por todo o tempo, como sua Vanguarda em operações de manutenção da ordem pública pelo País.


          Próximo do término da Revolução, o Regimento incorporou ao Destacamento Coronel ALMADA e, findos os combates, integrantes do Segundo Batalhão do 13 RI regressaram de Foz do Iguaçu, até Ponta Grossa, realizaram marcha de retorno de 660 quilômetros.

          Na revolução de 1930, o Regimento se dirigiu para a divisa entre os estados do Paraná e São Paulo e combateu nas localidades de Sengés e Itararé, em especial nos morros da Fazenda MORUNGAVA. Destacou-se no comando das tropas, o Tenente Coronel SILVA JUNIOR, o qual comandou DESTACAMENTO que levou o seu nome.

          Ainda em 1930, Getúlio Vargas estabeleceu seu Posto de Comando em Ponta Grossa e contou, de maneira expressiva, com o apoio concedido pelo Cel Alcibíades Noronha de MIRANDA, Comandante do 13 RI. Dois anos depois, o 13 RI participou da Revolução Constitucionalista de 1932.

     

           Em dezembro de 1935, momento conturbado da história, por conta da Intentona Comunista, assumiu interinamente, por 18 dias, o Comando do Regimento, na condição de oficial mais antigo dos quadros e presente na Unidade, o Capitão Humberto de Alencar CASTELLO BRANCO.

 

 

 

 

 

 

 

 

          Em 1937, o Regimento recebeu a determinação de organizar o seu Terceiro Batalhão, a ser aquartelado na cidade da LAPA, onde hoje se localiza o 15º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado.


          Em 1941 assumiu o comando do Regimento, o Coronel Tristão de Alencar Araripe, ilustre comandante, que demonstrou extrema preparação da tropa. Em seu Comando, dentre muitos feitos, inaugurou a Praça Duque de Caxias, bem como realizou marcha de ida e volta até a cidade de Palmeira, completando 100 quilômetros de deslocamento.Ainda durante o Comando do Coronel ARARIPE, em 1942, foi criada a Canção do Batalhão, a Canção VENCIDOS NUNCA, de letra dos Tenentes Ayrosa, Helton, Everaldo e música do Tenente Paulino.

          Em preparação para 2ª Guerra Mundial, no dia 26 de janeiro de 1944, o 13 RI desfilou na Avenida General Carlos Cavalcanti, em continência ao Presidente Getúlio Vargas. Em 3 de outubro daquele mesmo ano, um Contingente de 336 homens do 13 RI seguiram para o Rio de Janeiro, com o propósito de combaterem com as Força Aliadas na Segunda Guerra Mundial. Desses homens, pisaram na Itália, engrossando as fileiras da Força Expedicionária Brasileira, 178 homens, chegando na Itália em 7 de dezembro. Em 1947, o Ministério da Guerra determinou a extinção do Terceiro Batalhão do 13 RI, localizado na LAPA. Em 1954, o 13 RI assegurou a lei e a ordem nas eleições nas cidades de Nova Esperança, Londrina e Apucarana. Novamente, em 1955, em decorrência do suicídio do Presidente Getúlio Vargas, o TREZE novamente agiu manutenindo a ordem pelo Brasil durante conturbadas eleições.

 

          De 1956 a 1967, o Regimento enviou militares para a Força de Emergência das Nações Unidas na Missão da Paz no Canal de Suez, UNEF, tendo-se estimado a participação de 80 militares do 13 RI. Já em 1964, na Revolução Democrática de 31 de março, o 13 RI enviou um pelotão para a cidade de Foz do Iguaçu, bem como conduziu série de ações contra agentes perturbadores da ordem pública, de seu Posto de Comando e planejados por seu Estado-Maior.

 
          Em 1965, o Regimento participou de ações de contraguerrilha, contra o G-11, Grupo dos Onze, instituído por contrários aos ideais da Nação, de onde o 13 RI retornaria vitorioso após ter entregue no Batalhão de Foz do Iguaçu inúmeros prisioneiros. Nesse episódio, teve-se a perda do 3º Sargento Carlos ARGEMIRO DE CAMARGO, o qual tombou lutando em defesa dos valores Pátrios.

          O 13 RI, por intermédio de suas frações deu origem, ainda a algumas Organizações Militares. A Primeira Companhia do 13 RI, em setembro de 1958, comandada pelo Capitão José Lamartine da Costa, deslocou-se para Francisco Beltrão, e, assim deu-se a origem à Terceira Companhia do 33º Batalhão de Infantaria Motorizado, a qual permaneceu na região por mais de 40 anos. Atualmente se aquartela no local o 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado.

 

          Ainda, a Quarta Companhia do 13 RI deu origem ao 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, localizado em Apucarana, quando do deslocamento da Subunidade, sob o Comando do Capitão Luiz Carlos Fagundes PANZA, em setembro de 1965. Em 1966, o TREZE foi contemplado pela criação, em seu Quadro de Organização, do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva, passando então a ser Unidade formadora de futuros oficiais da reserva. Em 1968, o 13 RI é transformado em 13º Batalhão de Infantaria e, em 1969, em Primeiro Batalhão do 13 RI.

 

          Finalmente, no que tange a denominações, em 12 de dezembro de 1971, o Batalhão recebeu sua atual designação, a de 13º Batalhão de Infantaria Blindado, passando a constituir-se tropa blindada, substituindo, em seguida o uso do bibico pela boina preta. Nesta oportunidade, o Batalhão ficou organizado a duas subunidades de fuzileiros blindada. Em 1972, o Batalhão recebeu as primeiras oito VBTP M-113, viaturas que são amplamente utilizadas até hoje, compondo a principal força de ação do Batalhão que hoje conta com 74 viaturas blindadas.

          Durante 56 anos, o aniversário do Batalhão foi comemorado no dia 1º de outubro, pois era tida como a data de aniversário da OM, tendo em vista ter sido este o dia da data da publicação do seu primeiro Boletim Interno. Em 1980, porém, passou-se a adotar a data do Decreto de criação do Regimento, publicado pelo Ministro da Guerra, o dia 21 de junho. Em 1985, foi realizada, no Campo de Instrução do Cará-Cará, a primeira OPERAÇÃO BOINA, atividade em campanha que busca o aprimoramento da forja do combatente blindado, sendo essa operação concebida pelos oficiais do 13 BIB e que, futuramente, viria a ser uma Operação consagrada por todas as tropas de Infantaria Blindada da Força Terrestre. No ano de 1998 a unidade recebeu a denominação Tristão de Alencar Araripe em homenagem a seu antigo comandante. Seu nome evoca histórico de insigne militar, com 25 condecorações, recebidas no Brasil e no exterior, ao longo de sua carreira.

          Em janeiro de 2002, o 13 BIB sofreu reestruturação organizacional, recebendo uma 3ª Subunidade de Fuzileiros e, em março de 2005, com a transformação da 5ª Brigada de Infantaria Blindada em 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, o TREZE foi aquinhoado com a 4ª Companhia de Fuzileiros Blindada. Na história do Batalhão, ainda em dezembro de 2007, foi aprovada a criação da Medalha Marechal Tristão de Alencar Araripe, condecoração que elege integrantes do 13 BIB que, reconhecidamente, sejam possuidores de excelentes condutas civil e militar, espírito profissional, disciplina e espírito de corpo.

          Em fevereiro de 2008, o Batalhão passa a ter em seus quadros a sua primeira integrante do segmento feminino, a Aspirante MAGDA Kawakami, sendo a precursora de tantas outras militares que vieram posteriormente integrar a Unidade. O 13º Batalhão de Infantaria Blindado esteve presente durante a missão de Paz do Haiti, MINUSTAH, enviando contingentes em 2010, 2012 e 2013, onde buscou a manutenção naquele país de um ambiente seguro e estável.

 
          O 13 BIB atuou como força de pacificação na Operação Arcanjo nos Complexos da Penha e do Alemão em 2011 e ainda na operação São Francisco, pacificando o Complexo da Maré em 2015.

          A região atual do aquartelamento, as Vilas Militares de Oficiais e Sargentos e o Campo de Instrução General CALASANS são as áreas patrimoniais do 13 BIB, as quais perfazem um total de 330 hectares aproximadamente. No final do século XIX, o quartel e as áreas das vilas militares correspondiam a região da Fazenda DOS NEVES e o Campo de Instrução, à Invernadinha do CARÁ-CARÁ. Essas áreas foram ocupadas, pela primeira vez, em 1907, por tropas do Exército Brasileiro. Naquela oportunidade, a Câmara Municipal de Ponta Grossa doou essas propriedades, ambas às margens da antiga Estrada para Itaiacoca, ao Ministério da Guerra. Assim, entre 1907 e 1923, dentre algumas tropas, que antecederam o 13 BIB e que passaram por Ponta Grossa, destacam-se os 4º, 5º e 6º Regimentos de Infantaria. No célebre pátio do TREZE, o pátio Marechal CASTELLO BRANCO, mais de setenta mil homens e mulheres já formaram, escrevendo a sua história, com suor e sangue, vivendo momentos de dificuldade, mas também de glória.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

       

          Em 2020, o 13 BIB é composto de quatro Companhias de Fuzileiros Blindada, uma Companhia de Comando e Apoio, um Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva e uma Banda de Música. Conta com efetivo aproximado de novecentos homens e mulheres. Sendo importante elemento de manobra e parte da Força de Prontidão da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, uma das Brigadas que se constituem como Força de Emprego Estratégico do Exército Brasileiro, mostra-se grande pela dedicação ao trabalho e profissionalismo de todos os seus integrantes.

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