Patrono do 13º Batalhão de Infantaria
Tristão de Alencar Araripe
MARECHAL TRISTÃO DE ALENCAR ARARIPE
PATRONO DO 13 º BATALHÃO DE INFANTARIA BLINDADA
O Marechal Tristão de Alencar Araripe nasceu em Conceição do castelo em 23 de agosto de 1984, no estado do Espírito Santo, filho de Engenheiro Túlio de Alencar Araripe(1866 – 1915) e da Senhora Antonietta da Silva Araripe (1875 – 1917),Tristão teve uma vida repleta de conquistas e exemplos a serem seguidos, entre os quais pode-se destacar a ascensão ao posto de marechal do Exército Brasileiro, Governador do Território Federal de Fernando de Noronha (1943 – 1944); Presidente do Superior Tribunal Militar (1952 – 1964), Comandante da Quarta e Quinta Região Militar e, por fim, comandante do que atualmente chama-se 13º Batalhão de Infantaria Blindada (antigo 13º Regimento de Infantaria), no ano de 1941 a 1942, sediado na cidade de Ponta Grossa – Paraná, o qual foi denominado como “Batalhão Tristão De Alencar Araripe”, em sua homenagem.
Em sua vida, o Marechal Tristão De Alencar Araripe sempre se destacou positivamente, logo na sua infância, ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro, e em 1911, foi Comandante-Aluno do colégio, matriculou-se na Escola Militar do Realengo no ano de 1912, seguindo 2 anos depois para a Escola de Aplicação de Infantaria e Cavalaria. Foi declarado Aspirante a Oficial no ano de 1915, em seguida se matriculou no Curso de Engenharia Militar, Em 1916 foi promovido a 2º Tenente. Não satisfeito, esse excelente militar buscava se aperfeiçoar mais a cada dia, então em 1919 formou-se também em bacharel em ciências físicas e matemáticas. Um ano depois, foi ser instrutor da ESI (Escola De Sargentos De Infantaria), atual Escola de Sargentos Das Armas, onde pode ensinar seus vastos conhecimentos futuros sargentos do Exército Brasileiro. Em 1921, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais no ano de 1925, capacitando o mesmo para a promoção a capitão, que veio a acontecer em 1927.
Em 1927, matriculou-se na Escola de Estado-Maior, vindo a Concluir o curso em 1º lugar no ano de 1929. Foi promovido a Major em fevereiro de 1933 e a Tenente-Coronel em dezembro de 1937. Em 1940 exerceu a função de subdiretor de ensino da Escola de Estado-Maior do Exército, sendo promovido, em dezembro desse ano, a coronel. No contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), comandou, em 1943, o destacamento militar da ilha de Fernando de Noronha, que governou nessa mesma época. Em 1941, comandou o 13º RI (Regimento de Infantaria), batalhão que ostenta o seu nome nos dias atuais.
Promovido a General-de-Brigada em abril de 1945, foi comandante da Escola de Estado-Maior do Exército em 1947 e 1948. Em abril do ano seguinte, alcançou o posto de general de divisão e, em maio de 1952, foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar (STM). Em junho de 1955, tornou-se General-de-Exército. Quando da transferência da capital federal para Brasília, foi designado, em abril de 1959, membro de uma comissão mista incumbida de sugerir medidas legislativas para regular a organização político-administrativa, legislativa e judiciária da futura capital e do futuro estado da Guanabara. Exerceu a presidência do STM de 1960 a 1962.
No curso de sua carreira militar, ocupou igualmente os postos de comandante de infantaria da 4ª Região Militar, sediada em Belo Horizonte, comandante da 5ª Região Militar (PR) e comandante da 5ª Divisão de Infantaria. Montou o Centro de Aperfeiçoamento e Especialização do Realengo, no Rio de Janeiro, e fez os cursos de cavalaria, de infantaria, de aperfeiçoamento, de estado-maior e da Escola Superior de Guerra, da qual, mais tarde, tornou-se conferencista. Reformou-se no posto de marechal. Aposentou-se como ministro do STM, por limite de idade, em 1964.
Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico Militar do Rio de Janeiro e ao do Espírito Santo, do qual foi presidente. Publicou obras como “Remando de Glórias” e “Sobrevivência e Segurança Nacionais”, no ano de 1959, e Tasso Fragoso; um pouco de história do nosso Exército, no ano de 1960. Este Brilhante militar e cidadão faleceu em 1969, na cidade do Rio de Janeiro.
Durante o comando do Cel Araripe no 13º RI, houve uma inspeção do General de Divisão Pedro de Alcantara Cavalcanti de Albuquerque, que elogiou o trabalho realizado pelo comandante do RI e ressaltou a importante contribuição do Regimento em uma campanha de pró-alfabetização.
O Cel Araripe se preocupava muito com o adestramento de sua tropa, bem como com o seu aprimoramento técnico-profissional, então em 15 de maio, sob o seu comando, a tropa executou treinamento de marcha de 16 e 24 Km, para o adestramento do efetivo. Além disso, o 13º RI com seu Comandante Sr Coronel Tristão de Alencar Araripe, executou uma marcha a pé de Ponta Grossa até a cidade de Palmeira, onde bivacou, e desta cidade até sua sede, totalizando 100 quilômetros de marcha. Mostrando um excelente preparo militar, tendo o 13º RI recebendo várias homenagens do Senhor General Agostinho José Dos Santos, comandante da Infantaria Divisionária da 5ª RM por este feito que demonstra as virtudes de um militar.
Marcha à Palmeira
O regimento participou de várias atividades fora do Batalhão, tais como o auxílio aos bombeiros da região, combatendo o que foi chamado de “fogueira infernal” pela imprensa, prestando com magnitude e relevância o apoio aos bombeiros, contendo o incêndio e salvando vidas, contribuindo muito com a cidade e os moradores, além disso, em outubro de 1941, a equipe do 13º RI se destacou e conseguiu se classificar em 1º lugar da Região para disputa do troféu “SanMartin”, competição essa que era muito importante e disputada nacionalmente pelos regimentos do Exército. O 13º RI representou então a 5ª RM na Capital Federal, vencendo a competição e conquistando o troféu “SanMartin”, sendo muito elogiado pelo então Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, pelo brilhante feito, demonstrando os valores do exército e o profissionalismo do militar.
Em suma, o Marechal Araripe teve uma brilhante carreira, sendo um ótimo cidadão também, sempre se destacando pelos diversos locais por onde passou, seja como um aluno do Colégio Militar, um aluno da escola militar do realengo, como oficial, como aluno da EEM, como comandante de batalhão, e por fim como oficial general, e deixou o seu legado, principalmente no 13º RI, pelo excelente comando que exerceu, sendo homenageado com o nome do batalhão, chamado atualmente de 13º Batalhão de Infantaria Blindada, Batalhão Tristão de Alencar Araripe.
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